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16 junho 2020
Estamos a oito dias do fim das aulas síncronas.
Estou cansada e os meus filhos também, esgotados e decepcionados. As aulas não foram proveitosas, no caso do meu filho na reta final da licenciatura, foi agonizante. As aulas foram massadoras, nada produtivas e os projetos imensos. Os professores marcavam presença e os "miúdos" tiveram de se virar para acompanharem e aprenderem a matéria dada.
Tudo mudou na faculdade, menos o método das avaliações, os "miúdos" estão em exames e estão perdidos, exames no último ano da licenciatura por vídeo conferência não é fácil!! Rezamos para que o mestrado corra melhor.
A minha filha viveu dias conturbados, o medo do vírus (até hoje tem pavor de ir à algum lado) e as tarefas escolares, com trabalhos aborrecidos e prazos apertados. Sem tempo para aprender, parecia uma fábrica de tarefas escolares. Enquanto as aulas presenciais findavam a uma da tarde, nestes últimos meses de aulas síncronas as tarefas se prolongavam até as dez da noite, muitas vezes às onze da noite eu estava a digitalizar tarefas para entregar.
Minha culpa, confesso! Mas achei que despachar tarefas só para ser a menina participativa e cumpridora não bastava, era preciso aprender alguma coisa. Tive de estudar também e contar com a ajuda do mano que foi preciosa. Organizei as tarefas e arrastei a minha filha por estas semanas, não foi fácil e não foi proveitoso, mas, fiz o meu melhor e ela também.
No foi o ideal mas foi o ensino possível, não deixo de dar valor ao esforço dos professores, eu assisti às aulas com a minha filha e era notório que alguns estavam assoberbados e muito pouco à vontade com as novas tecnologias.Talvez este tipo de ensino possa funcionar, mas mais organizado, mais estruturado. Eu tinha três plataformas diferentes para monitorizar, tive de ajudar porque uma criança com onze anos não conseguiria acompanhar, era impossível.
Estamos na reta final e estou a contar os dias para isto acabar e termos Paz, um pouco de tranquilidade para explicar finalmente à minha filha o que aconteceu, o que está a acontecer e o que virá por aí.
Olhando a uma certa irreverência de muitos alunos será que muitos professores não preferiam dar aulas em teleescola? ( através do computador )
ResponderEliminar.
Tenha uma terça-feira muito feliz
Deixando uma 🌹
Talvez este sistema possa até resultar, também tem seus benefícios. Mas a tornar-se um método efetivo, que seja mais organizado.
EliminarContinuação de uma boa semana.
Ainda não encontrei alguém que validasse esta "experiência", no geral, reprovado, com muitas mães à beira de um ataque de nervos,dependendo do agregado familiar. No nosso caso, com filhos autónomos, e plataformas disponíveis, sentimo-nos privilegiados. Todavia, registo a minha grande dúvida acerca da validação das aprendizagens. Sinto... que vai ser um farsa. E espero que no próximo ano lectivo a normalidade seja reposta, nem quero considerar outra opção!
ResponderEliminarBoa semana para vocês, Patrícia.
Beijinhos
Verdade Fernanda, apesar de todas as dificuldades somos privilegiados porque dispomos de todos os recursos necessários. Também espero que o próximo ano letivo seja "normal", mas penso que a normalidade como a conhecemos será difícil sobretudo porque a matéria não foi consolidada. Como dizes e bem, uma farsa!
EliminarBeijinhos e boa semana Fernanda.